Andrey (acima), o brasileiro com melhor desempenho até agora, e a dupla Vavá e Lau (abaixo). Fotos: Federação Equatoriana de Golfe
A equipe masculina do Brasil derrotou a do Chile por 8 x 4, mas perdeu seu primeiro jogo ao ser superada pela da Colômbia, por 9 x 3, e caiu para o terceiro lugar da 79ª Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, que teve a segunda de suas quatro rodadas nesta quinta-feira, 31 de julho, no Guayaquil Country Club, no Equador. A competição termina no sábado, 2 de agosto.
Apesar da derrota, o Brasil ainda pode ser campeão da Los Andes, mas para isso precisa vencer seus quatro jogos restantes e esperar que a Colômbia, que lidera invicta, com 8 pontos, ao lado do Equador, perca um dos quatro confrontos que ainda tem. O primeiro desafio dos brasileiros é se impor na rodada desta sexta-feira contra o Equador, que joga em casa, num dia em que enfrenta também o Peru. Na rodada final os adversários do Brasil serão Bolívia e Paraguai.
Decisão – De qualquer forma, o título só será decidido nos sábado, quando Colômbia, Equador e Argentina se enfrentam simultaneamente. O emparceiramento foi feito para deixar o time da casa jogando contra os dois primeiros colocados de 2024: a tetracampeã Argentina, que vem sendo uma decepção, com um empate e três derrotas – incluindo para o Brasil –, o que a deixou em penúltimo lugar, com apenas um ponto, ameaçada até de rebaixamento, e a Colômbia, vice no ano anterior.
Mas, para o Brasil, vencer apenas pode não bastar; é preciso ganhar cada um dos jogos por uma boa diferença. Num quadro plausível em que o Brasil derrote o Equador, e que o Equador supere a Colômbia, e os três vençam os demais jogos, haveria um tríplice empate em primeiro lugar com 14 pontos cada e a decisão do título se daria pelos chamados “pontos pequenos”, o número de buracos ganhos por cada time em todo o torneio. Hoje a Colômbia tem 38 pontos pequenos, o Equador 35 e o Brasil 29. Mas é bom lembrar que em match play, sobretudo nos dois jogos diários de tacadas alternadas, a modalidade de duplas mais difícil do golfe, não existem favoritos.
Desempenho – Mais uma vez o Brasil jogou com as duplas Andrey Xavier/Herik Machado e Matheus Balestrin/Gui Grinberg, mas, à tarde, nos quatro jogos individuais, Dudu Matarazzo substituiu Balestrin, e não Gui, como na estreia. Desta forma, apenas Andrey e Herik disputaram todos os oito jogos até agora. Andrey tem 5 vitórias, 1 empate e duas derrotas (5-1-2), e Herik 4-1-3. Gui e Balestrin estão com desempenhos iguais (3-2-1), seguidos por Dudu, que jogou apenas nos quatro individuais (1-1-2).
Vale lembrar que esses números são apenas uma estatística e não refletem diretamente a força de cada golfista. Isso porque ao escolher os jogadores nos sorteios antes de cada período do dia, quando os capitães se alternam indicando o jogador ou dupla, com o outro escolhendo o adversário, muitas vezes se coloca um golfista teoricamente mais fraco, contra o mais forte do time adversário, como estratégia.
Feminino – Entre as mulheres, o Brasil terminou sua segunda rodada seguida com um empate e uma derrota. O empate (6 x 6), foi com a Argentina, defensora do título ganho em Buenos Aires, e a derrota por 8 x 4 para o Chile. Contra a Argentina, o Brasil teve chances de vencer o confronto duas vezes. Na primeira, quando a dupla Vavá Bosselmann e Lau Grinberg chegou ao 18 perdendo por uma para Maria Cabanillas e Ana Giuliano, mas não conseguiu arrancar o empate (perderam por 2 up), e a segunda quando Vavá levou Malena Castro até o 18, mas perdeu por 1 up.
Já contra o Chile, também houve dois jogos que foram até o buraco final e poderiam ter revertido o resultado, ou ao menos levado a um empate. Um deles foi com a dupla Vavá e Lau que perdeu por 1 up para Agustina Gomez e Florencia Dufey. O outro no jogo em que Lau, no individual, perdeu por 1 up para Agustina. O Brasil soma agora dois pontos em oito possíveis, na sétima colocação, à frente do Paraguai, que tem 1 ponto, e do Equador, sem pontuar até agora.
Tabela – Hoje o Brasil enfrenta Equador e Paraguai, as duas piores equipes até agora, e tem a oportunidade de conseguir suas primeiras vitórias no torneio e afastar de vez o fantasma do rebaixamento (o nono e último colocado não joga no próximo ano). A liderança no feminino é da Colômbia, que tem 8 pontos, 100% de aproveitamento. Peru, Chile e Argentina dividem a segunda colocação com 6 pontos. Os dois primeiros têm uma derrota cada, mas a Argentina está invicta, com duas vitórias e dois empates.