Ainda não foi desta vez que a equipe do Brasil, representada por jogadores da Federação Paulista de Golfe (FPGolfe), voltou com o título do Campeonato Latinoamericano de Golfe, que teve sua terceira e última rodada disputada nesta sexta-feira, 13, no Bávaro Iberostate Golf Club, em Punta Cana, na República Dominicana. Mas o Brasil não voltou de mãos vazias: Fernando Silva, do Campinas Golf Center, levou o troféu de campeão individual entre os de handicaps mais baixos, e Célio Kanesaki, do Sapezal, foi o campeão de ponta a ponta entre os de handicaps mais altos.
O time da FPGolfe, que viaja de Copa Airlines, patrocinadora oficial da equipe brasileira, começou o dia vencendo por três tacadas, mas teve que se contentar com mais um vice-campeonato da maior competição do continente para golfistas que competem por handicap índex. Esse foi o terceiro vice-campeonato do Brasil, que tem ainda outros três terceiros lugares no Latinoamericano.
Virada – Comandada pela jovem Morena Tesoniero, que jogou 64 (-8) tacadas, e foi responsável sozinha pelas oito tacadas da virada, a Argentina comemorou o bicampeonato da competição e seu quarto título da história (venceu em 2023, 2022, 2018 e 2017). Só o México, com cinco títulos (2019, 2015, 2013, 2012 e 2008), venceu mais vezes nesses 15 anos de disputa.
A Argentina pontuou ainda com Sebastián Pugawko, que jogou sua terceira volta abaixo do 70 e foi também o campeão individual da categoria scratch, e com Tomás Migliora, que marcou 74 net e pontuou pela primeira vez na semana. A pré-juvenil Mia Yaya, que vinha sendo a sensação do time, desta vez marcou 77 e não pontuou. A Argentina foi campeã com 630 (210-213-207) tacadas, 18 abaixo do par, contra 635 (214-206-215) do Brasil, que foi o líder do segundo dia, depois de fazer o melhor parcial de todo o torneio.
Destaques – O Brasil pontuou Marcos Negrini, do Damha, o jogador scratch do time, cujo resultado valia todos os dias, que jogou 73 (+1); com Célio Kanesaki, com marcou 72 net, o par do campo; e com Leandro Metzner, do Arujá, que depois de duas voltas ruins, descartadas, fez o melhor resultado do Brasil na volta final, com 70 net. Quem não pontuou desta vez foi Fernando Silva, do Campinas Golf Center, que marcou 77, mas não lhe tirou o troféu individual.
Negrini, foi o vice-campeão scratch, com 216 (75-68-73) tacadas, perdendo apenas para o argentino Pugawko, que somou 206 (68-69-69). Fernando empatou em quarto, com 229 (73-75-81), perdendo ainda para o colombiano Juan Camilo Malagón, terceiro com 219 (73-70-76). Já na categoria A, dos handicaps mais baixos, Pugawko, que jogou com -3, também fez o melhor net, 215 (71-72-72), mas como os prêmios não são acumuláveis, o troféu de campeão foi para Fernando Silva, que somou 216 (68-71-77). Negrini veio a seguir, com 219 (76-69-74).
Mais destaques – Na categoria B, de handicaps intermediários, o argentino Luis Aguado venceu com 215 (68-69-78). O melhor brasileiro foi Metzner, em sétimo, com 229 (77-82-70), seguido por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe e capitão do Brasil, com 258 (89-84-85), em 18º. E na categoria C, de handicaps mais altos, Kanesaki venceu com 210 (71-67-72), 6 abaixo, enquanto Marcelo Vergel, do Sapezal, terminava em quarto com 223 (78-73-72).
No feminino, dobradinha argentina, com Morena em primeiro, com 211 (72-75-64), seguida por Mia, com 216 (70-69-77). As brasileiras vieram logo a seguir. Cidinha Silveira, de Bauru, ficou em terceiro, com 27 (77-76-74), e Eunyoung Choi, do Clube de Golfe de Campinas, terminou em quarto, com 230 (79-71-80). Todos os oito integrantes da equipe brasileira, inclusive os quatro da competição por equipes, competiram pelos títulos individuais.
Interclubes – O Brasil comemorou ainda o título do Interclubes B, com o Sapezal, que foi campeão com 660 (226-216-218), jogando com Kanesaki, Vergel, Mazon e Cidinha Silveira. No Interclubes A venceu o time do Los Argento, da Argentina, com 657 (222-223-212), jogando com Morena e Mia da equipe principal, além de Flavio e Tomás Migliora.
Houve ainda quatro categorias de seniores, três vencidas por argentinos e outra por Pedro Bordini, gaúcho que não integrou a equipe da FPGolfe, competiu por conta própria e integrou uma equipe do Uruguai.
Tudo incluído – A do Brasil ficou hospedada no Iberostar Selection Bávaro, um hotel cinco estrelas, All Inclusive, ao lado do mar. Todos os custos de viagem, incluindo passagem aérea, estadia, taxa de inscrição, alimentação, seguro de viagem, transfer interno na República Dominicana e uniformes foram bancados pela FPGolfe.
Participar do Latinoamericano, um evento que tem a estrutura e grandiosidade de um major, foi um prêmio para os melhores e mais assíduos jogadores nas competições oficiais da FPGolfe. O time foi definido de acordo com o regulamento e um processo seletivo que considerou todos os torneios oficiais da temporada. Em 2023 tem mais!
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