
Fred em ação: montagem com imagens do Tour Europeu
Um birdie no último buraco salvou a temporada de 2026 do brasileiro Fred Biondi, maior promessa do golfe nacional, que agora terá um circuito para chamar de seu. O profissional paulista terminou a sexta e última rodada da seletiva final empatado com mais quatro jogadores na 16ª colocação, completando o grupo de 20 atletas que ganharam o direito de jogar no segundo circuito profissional mais importante do mundo na próxima temporada.
Todos os 20 mais bem colocados na seletiva jogarão no Tour Europeu de 2026 na “Categoria 18” de prioridade de inscrição. Ela permite jogar muitos torneios, mas não todos e nenhum dos principais do circuito. Para Fred chegar a esses eventos de ponta, será preciso amealhar bons resultados e ir melhorando seu status nas reclassificações internas periódicas e no ranking de pontos da Corrida para Dubai.
Fred terminou a seletiva com 410 (67-67-70-74-64-68) tacadas, 18 abaixo do par dos dois campos utilizados (Lakes – par 71, e Hills – 72, onde o brasileiro jogou a segunda e terceira rodadas). O medalhista da seletiva foi o sul-africano Zander Lombard, que somou indecentes 391 tacadas, 37 abaixo (64-69-67-64-64-63) para recuperar seu cartão. Ele terminou 13 tacadas à frente dos vices Shubhankar Sharma, da Índia (70-69-66-67-66-66); Aaron Cockerill, do Canadá (69-66-70-67-67-65); e Connor McKinney, da Austrália (62-73-68-67-65-69), todos com 404 (24 abaixo).
A temporada europeia de 2026 começa na verdade na próxima semana, com dois torneios seguidos: o Australian PGA Championship, de 27 a 30 de novembro, em Brisbane, e o Australian Open, de 4 a 7 de dezembro, em Melbourne. Ainda em 2025 serão jogados mais três torneios na África do Sul, sendo o mais importante deles o Nedbank Golf Challenge, com US$ 6 milhões em prêmios, na mesma semana do Australian Open, onde Fred só jogaria se vencesse o Australian PGA Championship. Os outros torneios de 2025 serão o Alfred Dunhill Championship e o Mauritius Open.
Em 2026, o Tour Europeu, hoje com o nome oficial de DP World Tour, recomeça com quatro torneios no Oriente Médio, antes de retornar à África para mais três eventos. Depois serão quatro torneios pela Ásia. Oa primeira competição em solo europeu será o Catalunya Championship, de 7 a 10 de maio, torneio que estreará no calendário. No total, serão ao menos 42 torneios em 25 países, divididos entre os chamados ‘Global Swings’, os ‘Back 9’ e os ‘DP World Tour Play-Offs’, que compõem a Corrida para Dubai.
Fred Biondi segue, assim, os passos Jaime Gonzalez, o primeiro a chegar lá, que jogou seis temporadas completas de 1982 a 1987, depois de ter sido também o primeiro brasileiro membro do PGA Tour dos EUA, onde jogou por três anos (1978, 1980 e 1981). Jaime é até hoje o único brasileiro a vencer no circuito europeu, em 1984, quando ganhou o St Mellion Tournament Players Championship (TPC), em um playoff contra Mark James.
Foram necessárias mais duas décadas para que outro brasileiro chegasse lá: Alexandre Rocha, aluno de Jaime, que jogou três temporadas completas na Europa, em 2006, 2007 e 2009. Rocha fez o caminho inverso de seu professor, usando o circuito europeu para chegar ao PGA Tour dos EUA, onde foi o segundo brasileiro a ter um cartão completo, nas temporadas de 2010 e 2011.
O brasileiro que mais jogou no Tour Europeu, no entanto, foi Adilson da Silva, que teve status de membro condicional em algumas temporadas, jogando graças aos torneios co-sancionados com outros dois circuitos dos quais era membro pleno: o Sunshine Tour (da África do Sul, onde mora até hoje) e o Tour Asiático. Adilson disputou 146 torneios do Tour Europeu de 1995 a 2023.





