Equipe masculina do Brasil (acima) e feminina (abaixo): pontuando igual aos adversários, independente dos resultados
por | Ricardo Fonseca
A Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, encerrado sábado, em Guaiaquil, no Equador, levou cinco dos dez integrantes dos times brasileiros a chegar às melhores colocações de suas carreiras no Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR). O destaque entre eles é Andrey Xavier, que a partir desta quarta-feira, 6 de agosto, passou a ser o número 26 do mundo e o melhor golfista da América do Sul.
Mas os pontos conquistados na Los Andes também levaram mais golfistas do Brasil a atingirem suas melhores colocações históricas no WAGR: Herik Machado, agora na 48ª colocação, como terceiro melhor sul-americano; Eduardo Matarazzo, o Dudu, que chegou ao posto de 143 do mundo, como terceiro melhor brasileiro da lista e Top 10 da América do Sul; Lauren Grinberg, que subiu para o 243º lugar, ainda como a melhor brasileira do WAGR, e Maria Antônia Gavião, a Tota, que recém entrou no WAGR e está agora em 2374º.
Os demais integrantes da delegação brasileira também ganharam colocações no ranking desta semana, mas não superaram suas melhores posições na história do WAGR com as atingidas esta semana: Matheus Balestrin (está em 164º) e Gui Grinberg (370º), entre os homens, e Maria Eduarda Rocha, a Duda (359º); Maria Eugênia Peres (451º) e Valentina Bosselmann (775º), entre as mulheres.
Entenda a pontuação – O WAGR distribui pontos iguais para todos os participantes das competições de elite por equipes de match play, como a Los Andes, baseados na “força” do grupo de participantes. Não importa se o time foi campeão – ou vice, como o masculino do Brasil – ou se ficou em oitavo como nossa equipe feminina. A pontuação de todas é a mesma. A lógica disso é valorizar a participação, mas não a colocação final, uma vez que o desempenho dos jogadores – e mesmo das equipes – é influenciado pelas escolhas dos capitães nos emparceiramentos de cada rodada.
Entre os homens, onde havia 43 jogadores do ranking mundial em campo (nos times da Bolívia e Venezuela apenas quatro dos cinco integrantes estavam no WAGR), todos ganharam 1,6664 ponto. Na chave feminina, com 41 ranqueadas em campo (o campeão Peru, Venezuela e Uruguai tinham apenas 4 ranqueadas, e o Equador 3) a pontuação de todas foi 1,2383.
Divisor – Em ambos os casos a pontuação é muito pequena se comparada com os abertos dos estados brasileiros, por exemplo, que dão de 8 a quase 10 pontos para os campeões, tanto no masculino quanto no feminino. A diferença é que nesses eventos coletivos de match play de alto rendimento, não há divisor a ser acrescido, ou seja, os golfistas ganham pontos, mas o divisor não aumenta, elevando a média de todos.
O Brasil tem hoje 32 golfistas no ranking mundial masculino, com a inclusão de Pietro Milano, que entrou para a lista na semana passada depois de vencer a etapa do Rio de Janeiro do Tour Nacional Juvenil. No feminino são apenas 16, sendo Tota a mais recente a entrar na lista. Em ambos os casos, alguns brasileiros ranqueados não competem em eventos válidos há meses ou mais de ano, e estão para deixar o ranking após dois anos de inatividade, quando os pontos caducam.
Concorrência – Atualmente existem 4.860 homens e 3.253 mulheres no ranking mundial. A cada semana são disputados dezenas de campeonatos válidos para o WAGR ao redor do mundo. Na semana de 28 de julho a 3 de agosto foram jogados 108 torneios valendo pontos para o ranking mundial, 43 deles nos EUA. No Brasil, considerado todo o primeiro semestre, foram jogados apenas 20 torneios do ranking mundial.