Aberto do Campinas: Pepê retorna ao amadorismo com título histórico. Negrini foi vice
Yabiku vence em casa, em domingo de festa, com entrega da moto Honda a Kim, por seu hole-in-one. Veja o vídeo da embocada!
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Veja, no final da reportagem, o vídeo do hole-in-one
Ao lado, Pedro da Costa Lima, o Pepê, e Giovanna Yabiku, campeões do Aberto do Clube de Golfe de Campinas. Abaixo, a entrega das chaves da moto ao autor do hole-in-one e os pódios de todas as categorias. Fotos: Thais Pastor/FPG
Ele voltou! Depois de um ano sem poder jogar, Pedro da Costa Lima, o Pepê, reestreou como amador com uma incrível vitória no 53º Campeonato Aberto Masculino e 34º Feminino do Clube de Golfe de Campinas (CGC), encerrado neste domingo, dia 9 de abril, em Sumaré (SP). Pepê, que começou o dia uma tacada atrás de três líderes, e com o topo do placar embolado, com dez jogadores separados por apenas duas tacadas, jogou 68, quatro abaixo do par e melhor volta de todo o torneio, para vencer por duas de vantagem sobre Marcos Negrini, do Damha, o vice-campeão. Luiz Gama, que jogava em casa e esteve empatado em primeiro até o buraco final, terminou em terceiro, no desempate com Negrini.
Pepê havia virado profissional para jogar o Brasil Champions, do Web.com Tour, em seu clube, o São Paulo, na virada de março para abril de 2016, o único torneio que disputou nessa condição. Apesar de não ter passado o corte, teve que esperar um ano para se reintegrar ao amadorismo, onde voltou, agora, com força total. Pepê deve jogar o máximo de torneios do ranking nacional e tem como objetivo classificar-se para o Latim America Amateur Championship (LAAC), o maior torneio amador do continente, que dá ao campeão vaga no Masters, entre outras regalias.
Virada – A vitória de Pepê foi espetacular. Ele jogou quatro abaixo de ida para somar três abaixo e abrir três tacadas de vantagem sobre três jogadores empatados no par do campo, após 27 buracos: Lucas Park, que vinha com duas abaixo no dia, Negrini, que vinha uma abaixo, e Gama, que vinha no par. Todos os outros seis golfistas que aspiravam ao título após a primeira rodada haviam despencado no placar.
Pepê terminou o buraco 13 ainda vencendo por duas, mas dois bogeys seguidos, no 14 e no 15, o deixaram novamente empatado com Gama. No 16, de par 5, chegou com duas ao green, mas deu três putts. Gama, por sua vez, fez bogey no 16, onde só entrou com a quarta no green, mas voltou à liderança empatada com um putt longo para birdie, no 17.
Vitória – Foi a hora de Pepê brilhar. Jogando no penúltimo grupo, o campeão brasileiro de 2007 (venceu o Amador do Brasil, no Gávea) embocou um putt de dez metros para birdie no 18, para colocar uma mão na taça. No mesmo grupo, Negrini também embocou de longe para terminar duas tacadas atrás. Gama, no grupo final, precisava de birdie no 18 para levar o jogo para o desempate, mas sua segunda tacada ficou curta do green, só entrou com a terceira e deu dois putts para fezer bogey, jogar 71 (-1) e ainda perder o vice-campeonato para Negrini, por ter jogado pior no segundo dia.
“Vencer no Clube de Golfe de Campinas, na minha volta como amador, foi muito significativo para mim, pois foi aqui, ainda como juvenil, que venci meu primeiro campeonato como adulto”, diz Pepê, que conquistou o Aberto do Campinas pela terceira vez. “Agradeço muito ao capitão (Gedielson Silva) e ao Luizinho (Gama) pelo convite para jogar aqui”, diz Pepê, que teve o irmão mais velho, João, como caddie. Os dois se dedicam a administrar a escola de golfe Corujinha que montaram no campo de golfe na Fazenda da família, em Louveira (SP) que já atende 200 crianças das escolas públicas da cidade.
Destaques – Pepê venceu com 141 (73-68) tacadas, três abaixo do par. Negrini (73-70) e Gama (72-71) vieram a seguir, com 143, uma abaixo. Também jogaram abaixo do par na volta final Lucas Park, do Paradise, quatro colocado com 144 (74-70) e Gedielson Silva, capitão do clube, quinto com 145 (74-71). Os outros dois líderes da véspera, ao lado de Gama, não foram bem. Joakim Thrane, do Clube de Campo, terminou em oitavo, com 150 (72-78) e Pedro Luca, do Bauru, em 11º, com 152 (72-80).
Luca, no entanto, foi campeão da categoria com handicap índex até 8,5, com 134 (63-71) tacadas, oito abaixo, seguido por Lyn Ahn, do Guarapiranga, com 139 (69-70), que foi vice-campeão no desempate contra Fernando Augusto Silva, da Academia GolfRange Campinas (AGRC), que também somou 139 (68-71). Fernando que sempre sonhou jogar ao lado de Pepê, começou o dia nervoso, com triplo e duplo bogeys, mas, depois, fez jogadas incríveis e arrancou elogios de todos, incluindo de seu ídolo Pepê.
Mais premiados – Na 8,6 a 14, Ko Kwan Young venceria com 139 tacadas, mas por não ter entregado o mínimo de cartões exigido pelo regulamento, seu resultado com handicap não era válido. Assim, houve um quádruplo empate em primeiro, com Yun Seok Hwang (75-64), de Campinas, levando a melhor nos critérios de desempate. Young brincou indo receber a taça no lugar do amigo de clube e depois pousou para fotos a seu lado. Luiz Claudio Recchia, de Avaré, vice-presidente da Federação Paulista de Golfe, ficou em segundo, e Luiz Rosolen (68-72), também de Avaré, em terceiro.
Alessandro Fonseca (72-69), da AGRC, não subiu ao pódio, mas ganhou o prêmio pela bola mais perto da bandeira ao deixá-la a meio metro do buraco no 17, o mesmo onde, no dia anterior, Jae Yeong Kim, também do Campinas, fez o hole-in-one que lhe deu a moto Honda CRF 1000 – África Twin, no valor de R$ 70 mil. Ninguém levou o Honda Civic, que era o prêmio por hole-in-one no buraco 10. O prêmio pelo drive mais longo, no 16, foi para José Augusto Pereira, do Campinas.
Na 14,1 a 19,4, dobradinha da AGRC, com Marcos Antonio Goncalves campeão com 134 (68-66) e Raimundo de Sousa vice, com 135 (69-66). Houve mais dois jogadores, ambos do Campinas, empatados com 135: Atsushi Isoko (68-67) ficou em terceiro nos critérios de desempate e Duck Ho Lee (66-69) não subiu ao pódio. E, na 19,5 a 25,7, venceu Mário Dias, de Itapeva, com 136 (67-69), seguido por dois jogadores do Campinas: Kazuaki Ebara (73-64) e Dieter Rudloff (70-67).
Feminino – A competição feminina também foi muito disputada, com o recorde de 17 jogadoras em campo. A campeã de ponta a ponta foi a local Giovanna Yabiku, com 158 (76-86). Roberta Moretti Avery, de Poços de Caldas, ainda deu trabalho no primeiro dia, mas terminou em segundo, com 168 (78-90). Jessica Cha, de Campinas, completou o pódio com 172 (86-86).
Na classificação por handicaps até 16, Eliane Kim, do Campinas, foi a campeã, com 156 (74-82), seguida por Rosa Fernandes, com 163 (84-79). Na 16,1 a 25,7, dobradinha do Campinas, com Lee Suin em primeiro, com 134 (68-66), e Julia Iegami em segundo, com 141 (72-69). Paula Seshita, de Bauru, ficou em terceiro, com 145 (67-78).
Premiação e Moto – Mauro Batista, diretor executivo da FPG, começou a entrega de prêmios agradecendo a presença recorde de atletas, aos patrocinadores e aos árbitros internacionais Cláudio Mesquita e José Nabuco. Compuseram a mesa Dinis Kitamura, diretor da Honda; Eugênio Martins Neto, presidente do CG Campinas; Antônio Padula, presidente da FPG; e os capitães Gedielson Silva e Lucia Bertazzoli.
O ponto alto da entrega de prêmios foi a entrega, por Dinis Kitamura, da Honda, da moto CRF 1000 – África Twin, no valor de R$ 70 mil, a Jae Yeong Kim, também do Campinas, que fez o hole-in-one no buraco 17, de 203 jardas, no dia anterior. Este foi o primeiro ano em que houve prêmio para ace nesse buraco. O coreano Kim, que não fala bem o português, usou uma interprete para fazer um discurso de agradecimento emotivo e alegre, onde citou ditados de seu país para incentivar os demais jogadores que não tiveram a sorte dele.
Patrocínio – O 53º Campeonato Aberto Masculino e 34º Feminino do Clube de Golfe de Campinas, que foi válido para os rankings scratch e com handicap da Federação Paulista de Golfe (FPG) e como classificação do Campeonato Latino-Americano de 2018, teve patrocínio da Honda Automóveis do Brasil, organização do Clube de Golfe de Campinas e supervisão da Federação Paulista de Golfe. Os campeões scratch masculino e feminino ganharam medalhas de outro, prata e bronze, procedimento adotado pela FPG, a partir deste ano, dentro do espírito olímpico.
