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terça-feira 16 de abril de 2019

Com gestão responsável, Federação Paulista atravessa o pior da crise econômica do país

Dívida herdada de R$ 1,465 milhão foi resolvida e próxima diretoria receberá entidade saneada

 

Antônio Carlos Padula, presidente da FPG, no Honda Golf Center

Antônio Carlos Padula, presidente da FPG, no Honda Golf Center

Quando iniciou seu primeiro mandato (2014-2016) a atual diretoria da Federação Paulista (FPG) herdou uma dívida de R$ 706 mil e descobriu, oito meses depois, que havia cinco anos de impostos não pagos, o que elevava o montante da dívida para R$ 1.465 mil. Hoje, já no terço final de seu segundo mandato (2017-2019) a entidade conseguiu, com cortes de despesas e uma gestão responsável, pagar quase a totalidade das dívidas, das quais restará a quem assumir apenas algumas parcelas de um terceiro Refis.

“Assim que a minha diretoria assumiu, em 2014, nos deparamos com um quadro complicado, que incluía muitas dívidas”, conta Antonio Carlos Padula, presidente da FPG. “Mas o pior só viria em agosto, quando descobrimos que havia muito mais dívidas, referentes a impostos de cinco anos não pagos”, revela o dirigente. “Estávamos em cima da hora para aderir ao Refis (Programa de Recuperação Fiscal), o que foi feito, mas com o pagamento de uma parcela inicial de R$ 100 mil, o que nos deixou em situação gravíssima”.

Opções – Padula lembra que, na época, Roberta Moretti, sua vice-presidente Administrativa, junto com José Geraldo Dontal, atual vice-presidente Administrativo e Financeiro, e Rubens Asam, o diretor Financeiro, colocaram em sua mesa três opções de recuperação, das quais duas foram descartadas de imediato por ele, por serem política ou juridicamente complicadas. “Restou a opção que adotamos de, através de uma gestão responsável, cortar despesas, renegociar com fornecedores, cobrar dívidas em aberto e sanear a entidade de forma definitiva, mesmo que isso levasse mais tempo, como levou”.

Padula lembra ainda que o agravamento da crise economia no Brasil também complicou a vida dos clubes que formam a FPG e cinco deles estavam com a taxa federativa em atraso, o que incluía a taxa de handicap dos jogadores associados a esses clubes, com a FPG muitas vezes sendo obrigada a pagar essas taxas de handicap à Confederação Brasileira de Golfe (CBG), sem ter recebido o dinheiro. “Conversamos com cada um desses cinco clubes e o problema foi resolvido com três deles pagando o que deviam, um deles se desfiliando e outro fechando no decorrer do processo”, conta.

Dificuldades – Padula diz que isso não acontecia por má fé dos clubes, mas sim porque eles estavam passando por grandes dificuldades. “Não éramos os únicos credores e nem os principais, já que muitos deviam impostos, tinham contas de luz e água em atraso e deviam salários aos funcionários”, explica o dirigente. “Tivemos paciência de negociar caso a caso e um deles só zerou as dívidas no final do ano passado”, revela o dirigente. “Alguns defendiam soluções mais drásticas, mas contribuir para que um clube fechasse as portas não era solução, apenas agravaria o problema e nos desviaria de nosso objetivo principal que é fazer o golfe crescer, e de forma sustentável, no estado de São Paulo e nos clubes de outros estados filiados à FPG”.

A diretoria de Padula também negociou com fornecedores, além de cortar serviços não essenciais. “Um desses fornecedores recebia R$ 13 mil por mês e trocamos por outro que faz o mesmo trabalho por R$ 3 mil”, exemplifica o dirigente. “Também tínhamos um seguro que custava R$ 4 mil e cobriria apenas 80% do sinistro, e trocamos por outro que custa R$ 2 mil e cobre 100%”, conta. “E, acredite, três meses depois dessa troca houve um temporal que derrubou as torres de sustentação das redes do Centro de Treinamento, ou seja, escapamos de mais um grande prejuízo”.

Golfistas – A crise, é claro, chegou também aos golfistas, com muita gente deixando de praticar o esporte ou de participar de competições oficiais. Com isso a receita da FPG também despencou. “De 4.600 golfistas filiados quando assumimos, chegamos a apenas 4 mil, cerca de um ano e meio atrás”, conta Padula. “Felizmente, os que deixaram os clubes inadimplentes foram para outros clubes, como Paradise, Imperial e o Sapezal de Indaiatuba, que passou a ser o campo oficial da FPG, que já tinha o Honda Golf Center, seu centro de treinamento, com um campo executivo.”

“Investimos dinheiro no Sapezal num momento difícil, mas foi uma decisão acertada, pois todos os meses recebemos novos filiados e nossas projeções indicam que, a partir de julho deste ano, o Sapezal passará a operar no azul”, conta Padula. “Resolvemos o problema de onde se filiar e jogar para muitos golfistas e temos um campo de golfe novo que também vai cumprir seu papel de formar novos jogadores numa das regiões mais ricas do estado”.

Desafio – Outro desafio da atual diretoria foi resolver o problema de Centro de Treinamento que era bastante deficitário, problema agravado com o aumento no repasse feito à creche dona do terreno e prédio onde ficam o Centro de Treinamento e a sede da FPG, que quase dobrou nessas duas gestões, passando de R$ 35 mil, para R$ 68 mil. “Saneamos o que foi possível e passamos, por decisão da diretoria, a fazer caixa de junho a novembro, para sobreviver aos meses de dezembro a fevereiro, os mais fracos em freqüência, mas os de maiores despesas, por haver pagamento de 13º salário, entre outros. “Hoje estamos novamente no azul, sem nunca termos parado de formar novos jogadores”, orgulha-se Padula.

A FPG também decidiu procurar patrocinadores para o Centro de Treinamento. A primeira empresa a ter os direitos sobre a arena teve problemas e saiu, deixando uma grande dívida, mas recentemente outra assumiu o agora Honda Golf Center, uma parceria que se estende além do Centro de Treinamento, chegando às principais competições de golfe do estado. “A Honda é uma empresa intimamente ligada ao golfe no mundo todo e encontrou na FPG o parceiro ideal para fazer o mesmo no Brasil”, elogia Padula.

Entidade saneada – “Uma opção que descartamos é o ‘dinheiro carimbado’ proveniente de leis de incentivo, o que nunca gostei de usar por ser complicado de negociar e trazer muito mais problemas do que soluções”, conta Padula. “Prova de que tenho razão é que fomos surpreendidos, em 2016, por uma cobrança relativa a uma gestão muito anterior, que usou parte de verba incentivada para comprar coisas para um torneio infantil aprovado via Lei de incentivo, como água e frutas, além de pagamento de caddies, mas o projeto não especificava esses gastos e tivemos que pagar R$ 20 mil para encerrar o caso”, lamenta Padula.

“Estamos nos preparando para entregar a FPG, no final do ano à nova diretoria, sem dívidas, além de cinco parcelas de um último Refis, com o Honda Golf Center operando no azul, e com o novo campo da FPG, o Sapezal, também operando no azul” conta Padula. “Infelizmente não vamos deixar muito dinheiro em caixa, como pretendíamos, mas quem assumir vai poder começar a trabalhar sem sobressaltos, com a certeza de ter uma entidade saneada e pronta para continuar sua importante missão como a federação responsável por praticamente metade do golfe brasileiro, tanto em número de campos, como em número de jogadores.”

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