Aberto do Santos São Vicente: Fernando Silva, da AGRC, conquista bicampeonato de ponta a ponta
Robson Apolinário e Fernando Viera dos Santos completaram o pódio do torneio válido para os rankings FPG
Mesmo sem repetir a boa volta do dia anterior, a única abaixo do par entre todos os participantes, Fernando Silva, da Academia GolfRange Campinas, conquistou o bicampeonato no 66º Campeonato Aberto de Golfe do Santos São Vicente Golf Club, em São Vicente, no litoral paulista. O torneio encerrado neste domingo, 5 de agosto, que é um dos mais antigos do estado, valeu para os rankings masculino e feminino, scratch e com handicap índex, da Federação Paulista de Golfe (FPG).
Fernando, que defendia o título ganho em 2017, abriu quatro tacadas de vantagem no primeiro dia e ainda venceu por três, ao somar 146 (71-75) tacadas, duas acima do par. O melhor jogador da AGRC não começou bem no domingo, fazendo quatro bogeys de ida, mas reagiu com dois birdies para jogar uma baixo de volta, apesar de novo bogey no 18. Na soma dos dois dias, Fernando jogou oito acima na primeira passagem pelo campo no nove buracos, e seis abaixo na segunda.
Destaques – O vice-campeão, também de ponta a ponta, foi Robson Apolinário dos Santos, diretamente filiado à FPG, que somou 149 (75-74), com direito à melhor volta do domingo. Fernando Vieira Dos Santos, do Ibiúna, completou o pódio em terceiro, com 160 (76-84) depois de uma rodada final para esquecer. Ivan Tsukazan, voltando a competir em torneios oficiais, foi o melhor jogador da casa, em quarto, com 163 (83-80). Três jogadores empataram em quinto, com 165: o local Arthur Graf (82-83), Gabriel dos Santos, do Itapeva (80-85) e Rogerio Cardoso, do Damha (79-86).
Fernando Vieira levou o troféu de campeão na classificação por handicaps índex até 8,5, com 148 tacadas, seguido por Graf, com 152, e Paulo Quevedo, do Itapeva, com 154. Na 8,6 a 14 venceu Jose Trude da Conceição, que jogava em casa, com 146, seguido por Weslley Serafim, do Avaré, com 150, e por Roque França Junior, com 151, ao superar Kendall Dunn, de Bastos, nos critérios de desempate.
Na 14,1 a 19,4, vitória do local Carlos Mattos Ferreira, com 140, seguido por Rubens Rizzo, do Champs Privés, com 143, e por Flavio Costa, com 145. Na 19,5 a 25,7, mais um título para a casa, com Rogerio Xavier vencendo com 144, apenas uma à frente de Norival Kakuda, do Itapeva, vice, com 145. Willian Souza Muniz terminou em terceiro, com 148.
Extras – Houve ainda categorias extras, não válidas para o ranking paulista. Na 25,8 a 32,9, venceu Fabio Angelo Seta, diretamente filiado à FPG, com 161, seguido por dois jogadores da casa: Ricardo Oliveira, com 164, e Sebastiao Melo, com 166. Já na 33 em diante, Vergílio da Silva Neto foi campeão com 157 tacadas, ao superar Juliano Santos, convidado como ele, nos critérios de desempate. Walter Roberto Poeta, do SSVGC, ficou em terceiro, com 165.
No feminino, Gildete da Silva, do Ibiúna, ficou em primeiro na até 16, com 162 tacadas, enquanto Rosa Kamizaki, vencia a 16,1 a 25,7, com 178. Na categoria especial feminina – handicaps índex de 26,8 a 36,5, Neide Nakagawa, de São José, venceu com 186, contra 185 de Cleide Galfaro, do SSVGC.
História – Fundado em 2 de outubro de 1915, o Santos São Vicente é o segundo clube de golfe mais antigo do Brasil. O clube nasceu dos esforços da colônia inglesa da época, quando havia uma grande quantidade de firmas britânicas poderosas dominando as atividades de importação e exportação através do porto de Santos.
A sede social, de madeira nobre e pinho de Riga, com bar, vestiários e terraço não existe mais sendo substituída por outra mais espaçosa. Um dos fatos históricos mais marcantes do clube foi a visita do então Príncipe de Gales, mais tarde Rei Eduardo VIII e Duque de Windsor, que jogou golfe no campo no dia 4 de março de 1931 e ainda fez um hole-in-one. O troféu que ele recebeu na época foi exposto no MASP (Museu de Arte de São Paulo) e posteriormente leiloado, em setembro, em Nova York, justamente com objetos que pertenceram ao duque e à duquesa de Windsor.
