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quarta-feira 07 de março de 2018

Guarapiranga une etnias e é exemplo para um mundo ameaçado pela intolerância racial

Comando do clube é dividido igualmente entre brasileiros e colônias coreana, chinesa e japonesa

 

Tang Wen, presidente do GGCC 1000

Tang Wen, presidente do GGCC . Foto: Ricardo Fonseca/F2 Comunicação

por: Ricardo Fonseca

Num mundo onde os problemas sociais têm gerado cada vez mais intolerâncias raciais e ressuscitado o perigo da xenofobia, o golfe mais uma vez dá o exemplo de como todos os povos podem e devem conviver harmonicamente entre si, respeitando diferenças culturais e fazendo da diversidade não uma fraqueza, mas sua grande força. Não existe melhor exemplo disso do que o Guarapiranga Golf & Country Club, uma entidade esportivas fundada por ingleses, herdada por brasileiros e que hoje abre suas portas para as diversas colônias orientais, que são a maior alavanca de desenvolvimento do esporte não só no Brasil, mas no mundo.

Eleito para presidir o clube no biênio 2018-2019, Tang Wen, de 62 anos, empresário do ramo de autopeças, fez questão de montar sua diretoria respeitando essa diversidade. A diretoria tem ainda Ho Jung Suh, que usa o nome brasileiro de Daniel (vice-presidente), Gilberto Takao Kassai (diretor tesoureiro), Tae Joon Kim (secretário), Luiz Eduardo de Albuquerque (diretor social), Huang Chao Ching, o Peter (diretor de patrimônio), Sergio Aparecido Costa (capitão), Chang In In, a Daisy (capitã), Mi Young Shin, a Raquel (vice-capitã) e Sadako Kuramochi (diretora capitã honorária).

O Guarapiranga adota a prática, preferida por muitos outros clubes, de não fazer mudanças bruscas em suas diretorias, sendo uma continuidade da outro. Tang, por exemplo, foi o vice-presidente de Myung Kyu Kim, presidente no biênio anterior (2016-2017) e se preparou para sucedê-lo. Além disso, mantém um Conselho Permanente que trabalha em harmonia com o Conselho Eleito, com mandatos de três anos, mas com renovação de um terço por ano.

Master Plan – “Com todos as colônias do clube trabalhando juntas, o que já é uma tradição no Guarapiranga, fica mais fácil levar adiante nossos planos de trabalho, que estão centrados agora na área esportiva”, diz Tang, lembrando que nas diretorias anteriores foi feito um grande esforço que melhorou bastante a qualidade das instalações socais, que nunca estiveram tão boas. Até o restaurante do Guarapiranga reflete esse convívio harmonioso de etnias, oferecendo pratos típicos de todas elas.

Um dos objetivos da gestão de Tang é elaborar um Master Plan de dez anos, onde se dê prioridade à reforma de dois greens por ano, continuando um trabalho que começou com a reforma do green do buraco 2 em 2017. Outro objetivo é levar mais sócios para o clube, que hoje tem 330 títulos familiares, de um total que pode chegar a 400.

Crianças – Mas nada é mais urgente para Tang, do que aumentar a quantidade de crianças que frequentam o clube e jogam golfe. “Os clubes de golfe tendem a envelhecer – o nosso não é diferente – e é preciso investir constantemente na renovação, nas crianças, não apenas para dar nova vida ao clube, mas também para ajudar a criar novos campeões e novos ídolos do esporte”, diz Tang.

Dentro desse princípio, hoje, o Guarapiranga já oferecer treinamento grátis para filhos e netos de sócios e vai ampliar a oferta de atividades para as crianças. “Oferecer um ambiente alegre e saudável para toda a família, valorizar as mulheres e as crianças é a forma de um clube de golfe ser saudável, crescer e se renovar a cada geração”, aposta o presidente.

Competições – Tang também quer levar mais competições importantes para o clube, certo de que são elas que dão exposição e mantém o interesse de nossos golfistas em participar dessa família. “Vamos investir na qualidade do campo não apenas para nossos associados, mas para poder receber grandes competições nacionais e internacionais”, projeta Tang.

Exemplo disso foi a etapa do Tour Juvenil do Estado de São Paulo que o Guarapiranga sediou no primeiro final de semana de março, fazendo questão, inclusive, de abrir os horários de saída de domingo cedo para esses meninos e meninas que são os melhores jogadores do estado até 18 anos. Os sócios conseguiram se acomodar para jogar sem problema – houve até a disputa da tradicional taça mensal dos japoneses – e ainda puderam ver dezenas de pequenos golfistas com índices de um dígito, vinte jogando com handicaps menores do que 4.

História – O Guarapiranga foi criado pelos ingleses que, em 1930, haviam fundado o Clube de Golf Anastácio, mais conhecido por “Pirituba”, nome do bairro de São Paulo no qual estava situado. Em 1962 a área do Anastásio teve que ser devolvida ao Frigorífico Armour e os sócios de então compraram uma área de um milhão de metros quadrados, junto à represa de Guarapiranga, o antigo Sítio Paiol, para onde o clube foi transferido e está até hoje.

Hoje o Guarapiranga mantém parcerias com alguns dos melhores campos do Brasil, como Alphaville Graciosa (PR), Brasília (DF) e Porto Alegre Country Club (RS), cujos sócios podem jogar lá sem custo quatro vezes por ano, e outros cujos associados têm desconto de 50% no green fee, incluindo Clube Campestre El Rancho (Colômbia), Belém Novo (RS), Poços de Caldas (MG) e os paulistas Lago Azul, Campinas e Santos São Vicente.

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