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domingo 09 de julho de 2017

Amador do Brasil: Andres Schonbaum, da Argentina, é o campeão brasileiro de 2017

Argentinos foram ainda campeões da Taça Mario Gonzalez, de duplas, e do torneio feminino

 

 

Euclides Gusi, presidente da CBG, entrega aos argentinos os troféus de campeões brasileiros de 2017. Foto: Gustavo Garrett/CBG

 

 

Um terceiro lugar do gaúcho Herik Machado, do Belém Novo, é tudo o que o Brasil tem a comemorar em sua principal competição amadora de golfe, que foi totalmente dominada pelos argentinos e pelos demais estrangeiros que foram ao Clube Curitibano, em Quatro Barras, no Paraná, de quinta a domingo desta semana, 6 a 9 de julho, disputar o 87º Campeonato Amador de Golfe do Brasil e a 10ª Taça Mario Gonzalez, de duplas. O argentino Andres Schonbaum foi o campeão individual e também de duplas, jogando ao lado de Andres Gallegos, enquanto a argentina Agustina Gomez Cisterna vencia de ponta a ponta a competição feminina, onde as estrangeiras ficaram com as seis primeiras colocações.

Esse foi o segundo ano consecutivo em que o campeão brasileiro amador é um estrangeiro, seguindo-se ao título do uruguaio Juan Alvarez, em 2016, também no Curitibano. A última vez que um estrangeiro havia sido campeão brasileiro antes disso foi em 1966, quando o sul-africano Conrie Du Toit venceu no São Paulo Golf Club. Na verdade, dois outros estrangeiros foram campeões brasileiros nesse intervalo de 50 anos: o escocês Colin Woods, em 1988, também no São Paulo GC, e o espanhol Gonzalo Berlin, em 2005, no Porto Alegre CC, mas ambos moravam no Brasil e jogavam por clubes brasileiros. Woods, o “dragão escocês”, era sócio do São Paulo, e Berlin, do Clube de Golfe de Brasília, onde hoje é head pro. Essa foi a primeira vez que o Brasil ficou sem nenhum título do torneio.

Virada – Foi um final de semana triste para o golfe brasileiro, depois de Pedro Nagayama ter sido o líder isolado da competição nos dois primeiros dias, com os principais estrangeiros demorando a decolar. Isso mudou no final de semana, quando Schonbaum fez a melhor volta de sábado e a melhor de domingo, para jogar nove abaixo no final de semana e ser campeão por duas de vantagem, com 277 (71-71-67-68) tacadas, 11 abaixo, e ser o único a jogar todas as quatro voltas abaixo do par. No ano passado, Schonbaum ficou em terceiro no individual, num pódio só de estrangeiros, e venceu as duplas, com um parceiro que não veio este ano.

A medalha de prata ficou para o paraguaio Gustavo Silvero, que foi líder empatado após a terceira rodada e em boa parte da volta final, até Schonbaum virar o jogo com três birdies em quatro buracos (13 ao 16). Silvero ainda teve chances de empatar nos dois buracos finais, mas acabou com bogey no 18 para somar 279 (72-69-68-70), nove abaixo. Ele foi o outro único dos 63 homens em campo a não jogar acima do par na semana.

Brasileiros – A esperança do Brasil de voltar a vencer seu maior torneio terminou mais uma vez nas mãos de Herik, que começou a volta final perdendo por uma. Mas a expectativa de ser campeão brasileiro pela primeira vez pesou para o gaúcho, que fez sua pior volta da semana neste domingo, para continuar em terceiro, mas a quatro tacadas do segundo lugar, com um total de 283 (71-71-68-73), cinco abaixo do par. Enquanto seu companheiros de pelotão e pódio jogavam duas abaixo de ida, Herik jogava uma acima, vitima de bogeys seguidos no 5 e no 6, dos quais nunca mais se recuperou.

Os estrangeiros ficaram com cinco das sete primeiras colocações. O chileno Gabriel Birke, o quarto e último com total em vermelho no placar, terminou com 286 (73-72-71-70), duas abaixo, seguido por três jogadores com 288, o par do campo: o argentino Gallegos (74-73-70-71), que além desse quinto lugar foi campeão de duplas; o colombiano Nicolas Reyes (73-72-70-73) e o gaúcho Matheus Balestrin (71-71-73-73), companheiro de Herik no Belém Novo.

Mais destaques – Nagayama fez a melhor volta de todo o torneio no primeiro dia (-5), mas nunca mais conseguiu repetir o bom desempenho, terminando em oitavo, com 289 (67-73-76-73), uma acima. Pedro Costa Lima, o Pepê, do São Paulo, que foi campeão brasileiro de 2007, no Gávea, começou a volta final em quarto, com chances de subir ao pódio, mas a falta de ritmo de competição cobrou seu preço e ele terminou em novo, com 290 (75-71-68-76).

Completando os Top 10 ficaram quatro jogadores empatados em décimo, com 291 (+3): o coreano Jinbo Há (71-78-74-68), terceiro do ranking brasileiro, que defende o Terras de São José e deixou o torneio escapar nas voltas intermediárias; o paranaense Ivo Leão (77-69-74-71), do Graciosa, campeão brasileiro em 2000, no Itanhangá; o equatoriano Ben El Cohn (76-71-73-71); e o carioca Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá (73-74-69-75), número 2 do Brasil.

Duplas – Com seu segundo título consecutivo e o terceiro dos últimos quatro anos, a Argentina igualou-se ao Brasil como a maior ganhadora da Taça Mario Gonzalez (2010, 2014, 2016 e 2017). O Brasil também tem quatro títulos (2009, 2012, 2013 e 2015). O Chile venceu os outros dois (2008 e 2011).

A derrota desse ano, nas duplas, foi particularmente dolorida para os brasileiros depois que Nagayama e Herik terminaram tanto o primeiro como o segundo dia com sete tacadas de vantagem. A dupla do Brasil cedeu o empate no sábado e perdeu por sete no final, com a dupla argentina jogando 14 tacadas melhor do que a brasileira no final de semana. A Argentina foi campeã com 11 abaixo, contra quatro abaixo do Brasil. Chile (+5), Colômbia (+6), Paraguai (+15), Equador (+17) e Uruguai (+20), nunca foram um fator nessa disputa.

Feminino – O domínio estrangeiro foi ainda maior no feminino, onde nenhuma brasileira esteve abaixo da sétima colocação na semana. A argentina Agustina Cisterna foi a campeã de ponta a ponta, com 288 tacadas (69-73-72-74), o par do campo. O pódio foi completado por duas paraguaias: Anahy Belen Servin Pacua, vice com 294 (71-72-76-75), e Viviana Maria Prette, terceira colocada, com 294 (71-72-76-75).

A melhor brasileira desde o primeiro dia foi Laura Caetano, de Brasília, que terminou como começou, em sétimo, com 311 (76-78-77-80) tacadas, 23 acima do par. A paranaense Ana Beatriz Cordeiro, empatada em nono com 314 (76-78-79-81), 26 acima, foi a segunda e última brasileira entre as dez primeiras. A paulista Lauren Grinberg, número 1 do Brasil, ficou apenas em 12º, com 324 (83-81-78-82), 36 acima, atrás ainda da paranaense Beatriz Junqueira, 11ª com 322 (82-77-77-86). Nenhuma outra brasileira jogou abaixo de 80 nos quatro dias.

Organização – O 87º Campeonato Amador de Golfe do Brasil, que valeu para o ranking mundial amador de golfe e para o ranking brasileiro, com peso maior do que o restante do calendário, teve apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e usou recursos da Lei Agnelo Piva. A organização foi da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), com apoio do Hospital Angelina Caron, revista Golf &Turismo, Federação Paranaense e Catarinense de Golfe e do Clube Curitibano.

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