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terça-feira 20 de junho de 2017

Dica do Pro: Afinal, se o “mental game” é importante no golfe, por que ninguém treina?

por:  André Aroni, Prof. Dr. (mental.game@academiagolf.com.br)

 

Nos últimos meses eu tive a oportunidade de passar por alguns clubes nos estados de São Paulo e do Paraná, além de ter contato com alguns dos nossos melhores juvenis, em torneios organizados pela Federação Paulista de Golfe. Um ponto comum em todos os diálogos era sobre a importância do aspecto mental em inúmeras situações do jogo. Entretanto, as mesmas andanças me fizeram questionar o que temos feito para alcançar um bom desempenho nesse quesito.

Em média, 4% do tempo gasto pelos golfistas brasileiros são dedicados a algum tipo de treino mental, contra 25% apresentado pelos amadores dos EUA (ARONI et al., 2015). Isso reflete outro número preocupante: 70% do tempo são investidos em treinos técnicos, na verdade o famoso “bate-bola”. Sendo assim, minha hipótese é que não temos a menor ideia de como treinar o mental, fato que nos absolve de maior culpa.

A psicologia esportiva possui dois grandes pilares: o cognitivo, representado pelas decisões tomadas ao longo dos 18 buracos; e o afetivo, composto por inúmeras emoções que se apresentam diante de birdies, bancas, OBs, triplo bogeys etc. Manter o equilíbrio entre eles é ponto fundamental para o ótimo desempenho. Na prática, o destempero pode trazer alguns sintomas fisiológicos como frequência cardíaca acelerada, respiração curta e pouco eficiente, mãos frias, dificuldades de concentração etc. O que nos torna reféns do acaso e mais suscetíveis aos erros.

Neste sentido, mais do que apontar dedos, atrevo-me a sugerir cinco práticas de fácil execução:

1) Faça registros em seus jogos – Além do resultado de cada buraco, identificar os pontos fortes e fracos o ajudará a escolher de forma racional os tacos com que você tem melhor desempenho nos jogos, deixando os “ruins” para trabalhar nas aulas com seu treinador;

2) Nos treinos, troque de taco a cada bola batida – Afinal, a dinâmica do jogo segue essa lógica. Se possível, utilize a sequência: madeira-ferro-wedge, simulando os buracos de par 4 e 5;

3) Monte rotinas que antecedam ao fullswing e ao putting – Sistematizar esses momentos aumenta a probabilidade de maior concentração e acerto. Utilize, inclusive, essas rotinas em seus treinos;

4) Estude técnicas de relaxamento em campo, como a respiração profunda – Isso facilitará o equilíbrio fisiológico após alterações comportamentais indesejadas, como a frustração de perder um putt de 1 metro;

5) Utilize auto conversas e pensamentos positivos no campo – Isso fará com que você esteja equilibrado e confiante nas suas ações do jogo.

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